22 maio 2008

>internacionalização da Amazônia


Imagem/web

Em março de 2005, durante um debate em uma universidade dos Estados Unidos, o ex- Ministro da Educação, CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia (ideia que surge com alguma insistência nalguns setores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). O jovem que elaborou a pergunta esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:
“De fato, como brasileiro, eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia”. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizaremos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres-humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.  Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova Iorque, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixa-la nas mãos de brasileiros, internacionalizaremos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA tem defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da divida. 

Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.  Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratares as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar que morram quando deveriam viver.

Como humanista aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro lutarei para que a Amazônia seja nossa. “Só nossa”.

OS: este documento não foi publicado pelos órgãos de comunicação social e não mereceu muito destaque por parte dos jornalistas. De qualquer forma, foi-me enviado por e-mail e julgo merecer a sua publicação.

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